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Oestefest trouxe multidão a Foz do Arelho
A Foz do Arelho voltou a ser palco do festival de verão – o Oeste Fest – que trouxe, segundo a organização, 46 mil visitantes à vila. Sábado foi o dia com mais afluência. Milhares de fãs encheram o recinto da festa com a Lagoa de Óbidos como cenário para assistir ao concerto dos, The Gift, D.A.M.A. e Mastiksoul. A Cabovisão voltou a apoiar o Oeste Fest, que levou a cabo a sua 3ª edição e que de 21 a 24 levou à Foz do Arelho o melhor da música nacional com a participação de bandas como os D.A.M.A, Mastiksoul, Mundo Secreto, Expensive Soul, The Gift e DJ Paulux. O Oeste Fest trouxe, segundo a organização, 46 mil pessoas à Foz do Arelho, durante o passado fim de semana e até S. Pedro colaborou, com o sol brilhar durante o dia e o tempo ameno à noite. João Paulo Louro, responsável pela empresa promotora do evento, Walking Melodies, disse que a edição deste ano ultrapassou o recorde de presenças e que no sábado à noite tiveram que fechar a bilheteira porque “o recinto ficou lotado”.
A edição deste ano do Oeste Fest esteve ligada ao mês da juventude. À semelhança dos dois anos anteriores, a abertura da noite foi feita por artistas locais: este ano os Wise Native, os Salmoura, GNTK, Kevu e J.F.T.I. João Paulo Louro recordou que houve um concurso de bandas e o Oeste Fest comprometeu-se a dar palco às primeiras quatro bandas classificadas.
O responsável que reside no Landal nas Caldas, sublinhou que a marca já está lançada e que o principal objetivo do evento que é para continuar é promover “a zona Oeste e a Foz do Arelho que tem condições excelentes para este tipo de iniciativas com o apoio da Junta de Freguesia e da Autarquia”.
“A grande aposta será sempre as bandas e Djs regionais e nacionais”, apontou, João Paulo Louro.
Segundo o organizador, a edição deste ano custou cerca de 350 mil euros, tendo a Cabovisão apoiado o festival com um valor não divulgado.
Segundo, João Paulo Louro a Cabovisão deu cerca de 18 mil vouchers aos seus clientes.
João Carlos Costa, responsável pela comunicação local do evento frisou que a organização ofereceu bilhetes a algumas instituições de solidariedade social.
Contradição nos bilhetes entregues à Câmara
O presidente da Câmara das Caldas destacou o evento que trouxe milhares de pessoas à Foz do Arelho alegando que é por isso que patrocinam uma parte do festival. Este ano a autarquia caldense deu uma verba de 15 mil euros e mais algum apoio logístico, totalizando cerca de 20 mil euros. “Felizmente há promotores que tomam iniciativas de fazer estes eventos nas Caldas e nós somos um entre vários patrocinadores”, explicou, o autarca.
Segundo, João Louro, da empresa promotora do evento, foram dados 200 bilhetes (pulseiras com acesso ao recinto e à zona VIP) à Câmara das Caldas.
Questionado sobre o critério para distribuição desses bilhetes, o presidente da Câmara disse ao JORNAL DAS CALDAS que desconhece a entrega dos bilhetes à Autarquia, referindo que a organização apenas lhe deu bilhetes para si e para a sua família.
Mundo Secreto fez vibrar os fãs
Ao som do hip hop, a banda natural da Leça da Palmeira, os “Mundo Secreto” deram um concerto na sexta-feira, cheio de alegria, vida e muito ritmo, contagiando a plateia que saltou, dançou e cantou. Mas foi com os temas “Brinde ”, “Chegamos à party”, “Soa Alarme”, “Põe a mão no ar” e “Põe aquele som”, que fizeram um dos elementos saltar do palco para cumprimentar os fãs, que estavam na primeira fila a vibrar com as canções.
A banda formada por Miguel Moreira, Diogo Moreira, Durval Nunes, Duarte Dias, Nuno Melo e João Rebelo, nasceu em 1999 e foi com o tema “Chegámos à Party”, lançado em 2006, que atraíram a atenção do público. A partir daí a banda conta com três álbuns editados onde, “apesar da aparente descontração”, nunca são esquecidos os “assuntos sérios e pertinentes da sociedade quotidiano”.
“Desde o primeiro disco sempre tivemos esse cuidado de transmitir uma mensagem, falado de coisas sérias pelo lado positivo”, explicaram. Ainda destacaram que “procuram trabalhar sempre na mesma linha, com temas de muita energia e de sentimento”.
A tocar com a lagoa como pano de fundo, o grupo salientou que o concerto “foi mesmo espetacular, com muita energia do princípio ao fim”. “Estamos em cima do palco a dar concerto ou a ensaiar, somos sempre um grupo de dez amigos que estão lá em cima a curtir e a fazer curtir os outros”, explicaram o grupo natural da Leça da Palmeira, mesmo quando têm pouco público nos concertos. Aliás, “até damos um extrazinho, para sairmos do concerto com a sensação que demos tudo”.
Os Mundo Secreto já tiveram na Foz do Arelho, há nove anos a atuar e anunciaram a vontade “de voltar para o ano e não daqui a nove anos”.
Apesar de terem lançado há pouco tempo o último single, “como uma retrospetiva da carreira”, os Mundo Secreto já se encontram em fase de preparação para o novo álbum de originais, revelando que “o estilo hip hop vai continuar mas misturado com novas sonoridades”.
“O amor é mágico” dos Expensive Soul deixou o público em euforia
Os cabeça de cartaz também naturais de Leça da Palmeira, os “Expensive Soul” trouxeram muita energia, com a sonoridade entre soul, reggae até ao R&B e hip hop. “O amor é mágico”, “Que saudade”, “Não sei”, ”Brilho”, “13 Mulheres” e muitos outros avivaram o recinto, deixando o público em euforia enquanto dançava, levando a um dos momentos altos da noite.
O duo composto por Demo e New Max no final do concerto afirmaram que havia sido “um espetáculo cheio de alma e muito bom, mesmo sem saber ao que vínhamos”.
As boas expetativas confirmaram-se “correu muito bem, o pessoal estava com um bom feeling e boa onda, super contentes”. Começaram em 1999 mas apenas em 2004 ficaram conhecidos com a edição do seu 1º álbum “B.I.”, tendo atualmente já lançaram quatro álbuns.
Para a banda foi “uma evolução natural, em que há 17 anos atrás só víamos hip hop e hoje em dia abrimos horizontes”.
New Max afirmou que “no início eramos dois, que só fazia bits” e ao longo dos anos “sentimos a necessidade de ao vivo prolongar mais as músicas, com temas diferentes”. Todo o concerto ficou marcado pela “forte energia vivida”, transmitida pelos vários elementos da banda, “que ao mesmo tempo que tocavam, dançavam”.
Vocalista dos “The Gift” vai voltar a residir em Alcobaça
No sábado, a banda de Alcobaça encantou as fãs com a sua atuação. No final do espetáculo a vocalista dos The Gift disse à imprensa que tocar na Foz do Arelho foi “ótimo”, sobretudo “porque nos sentimos em casa já que somos de aqui pertinho”. Apesar do público ser “muito jovem”, a cantora disse que foram fantásticos porque cantaram com eles.
Sónia Tavares disse que está a mudar-se novamente para Alcobaça e espera “não sair mais”. Revelou que é naquele concelho que está o estúdio da banda e “os grandes momentos dos The Gift “foram passados em Alcobaça”. Recordou que o primeiro concerto que deram foi em Alcobaça no bar Ben.
Nuno Gonçalves, outro elemento da banda disse que o balanço dos 20 anos de carreira é muito positivo e que esta noite “é exemplo disso”. “A prova é que conseguimos conquistar gerações mais novas: não é são só os pais a trazer os filhos, mas também os filhos a trazer os pais”, adiantou.
Nuno Gonçalves nunca imaginou que 20 anos depois ainda “estivéssemos com uma agenda cheia e já com um disco novo em preparação, que sairá em 2017”.
Os gritos dos fãs invadiram o recinto com os D.A.M.A.
Os D.A.M.A conquistaram o público. Os gritos dos fãs invadiram o recinto. Depois da atuação falaram com a imprensa referindo que estavam ansiosos de voltar às Caldas porque “a região Oeste” está no “coração”. “Tem um público é muito energético e hoje não foi exceção portanto saímos de alma cheia”, disseram os vocalistas da banda, Miguel Cristovinho e Francisco Pereira.
O sucesso deve-se ao trabalho disse Miguel Cristovinho, acrescentando que, quando não têm concertos estão em estúdio a compor. “É o trabalho que faz com que a máquina continue a revelar porque em Portugal somos apenas dez milhões e se as pessoas não tiverem em contato com coisas novas perdem o interesse e nós não podemos pecar por isso”, apontou, o vocalista.
Destacaram as bandas nacionais, felizes por haver atualmente mais festivais a apostarem nos grupos portugueses.
O último dia do Festival, domingo 24 de julho, foi palco de uma inesquecível Sunset Color Party, onde as pessoas atiraram tinta laranja umas às outras, enquanto dançavam ao som música de vários DJs.
Vários jovens acamparam junto ao recinto do festival.
Marlene Sousa / Mariana Martinho
Fonte: http://jornaldascaldas.com/Oestefest_trouxe_multidao_a_Foz_do_Arelho